No dia 24 de janeiro, mais de 40 representantes das comissões e comunidades atingidas dos 10 municípios que compõem a Região 3 da bacia do Paraopeba se reuniram com a coordenação da ATI Paraopeba Nacab, em Belo Horizonte, para uma apresentação do novo plano de trabalho da assessoria técnica, aprovado no início do ano pelas Instituições de Justiça.
O evento contou também com a participação dos membros do Instituto Lataci, que realiza a Coordenação Metodológica e Finalística (CAMF) das ATIs que atuam na bacia do Paraopeba.
O plano de trabalho, que terá a duração de três anos, ainda deve passar por pequenos ajustes de acordo com apontamentos feitos pelo Lataci. Essas adequações devem ser realizadas até o mês de março. Durante o encontro os representantes das pessoas atingidas da Região 3 levantaram dúvidas, fizeram sugestões e debateram sobre o trabalho da ATI nos últimos anos.
“Hoje aconteceu um momento muito importante, já que há tempos no processo de reparação que a gente não tinha um plano de trabalho aprovado. Conseguimos validar aqui com as pessoas aquelas propostas e informações que a gente já vinha coletando nas comunidades. Conseguimos, a partir do Plano de Trabalho, fazer uma perspectiva das atividades futuras e seus possíveis desdobramentos junto às pessoas atingidas”, destacou a coordenadora da ATI Paraopeba Nacab, Marília Fontes.
Um dos representantes da Rede de Atingidos da Região 3, Abdalah Nacif, ressaltou a importância de participar de mais um encontro com representação dos 10 municípios da R3. “Tivemos a oportunidade de fazer uma boa análise do Plano de Trabalho e estamos muito esperançosos que agora vamos alavancar nesse processo de reparação. Saímos com o sentimento de que precisamos mudar a forma de agir e com ainda mais unidade”, disse Abdalah
No fechamento do encontro, a coordenadora da ATI Nacab lembrou os 4 anos do desastre-crime do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, mas destacou a esperança de avanços no processo de reparação.
“Esse ano começou diferente! Várias ações estão sendo articuladas a nível de Bacia e com muito protagonismo das pessoas atingidas e as assessorias dando suporte na busca pela garantia de direitos”, completou.
Cobertura e matéria: Marcio Martins
Edição: Leonardo Dupin