Através dele, comunidades atingidas têm a possibilidade de antecipar-se a possíveis transbordamentos no período chuvoso
Desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, o início do período chuvas é marcado por tensão para as comunidades no entorno do rio Paraopeba.
O rejeito depositado pelo tragédia-crime há quase cinco anos no fundo e nas proximidades do rio tem agravado as consequências das enchentes, como demonstrou um estudo realizado pelo Nacab.
Em 2022, por exemplo, a água com rejeito atingiu 12% da área territorial das comunidades da Região 3 da bacia, causando compactação do solo, contaminação de poços e cisternas, perdas econômicas e gerando problemas de saúde, como náuseas, febre, feridas na pele e diarreia.
Com o início do período chuvoso de 2023, a ATI Paraopeba Nacab deu início ao Monitoramento Participativo, uma ação pioneira na bacia do Paraopeba, que envolve a colaboração direta entre a ATI e representantes das comunidades atingidas. Com ele, a equipe do Nacab e as pessoas das comunidades atingidas têm a possibilidade de antecipar-se a possíveis emergências relacionadas às cheias, oferecendo respostas mais rápidas e precisas diante de situações de risco.
A ação já vem sendo realizada na Região 3 desde as chuvas no início de 2022, e utiliza como principal ferramenta de comunicação o WhatsApp. Ali ocorre a troca contínua de informações, registros audiovisuais do volume de água do rio, atualizações sobre a quantidade de chuva na região e alertas fornecidos pelo aplicativo Hidroweb Mobile.
Clique aqui, participe do grupo Monitoramento Participativo e alerte sua comunidade em caso de risco de enchentes.
Veja o vídeo abaixo e aprenda como instalar o Hidroweb Mobile.
Clique aqui e acesseo tutorial do Hidroweb Mobile, disponível por escrito no site do Nacab e que ensina como utilizar o aplicativo.
Essa abordagem coletiva, segundo o especialista do Nacab, confere uma robustez operacional ao sistema de monitoramento, garantindo uma resposta rápida e eficaz diante de eventos críticos, independentemente da presença de técnicos no local, o que garante a autonomia e a participação das pessoas atingidas no processo de tomada de decisão.
A ação de monitoramento participativo está alinhada com os princípios da participação informada das pessoas atingidas, pilar da atuação do Nacab nas comunidades assessoradas na bacia do rio Paraopeba. Com ela, o Nacab reforça seu compromisso com a prevenção de desastres naturais, mostrando que a colaboração e a tecnologia desempenham papéis fundamentais na construção de comunidades mais resilientes frente aos desafios ambientais.
Saiba mais sobre a atuação da ATI Paraopeba Nacab nos períodos de cheias da bacia do rio Paraopeba.