Diante disso, com a intenção de sistematizar dados e informações de campo sobre as implicações ambientais do rompimento da Barragem I, realizou-se a expedição Minas de Lama entre os dias 04 e 06 de fevereiro de 2019, organizada por professores e estudantes do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Almenara, e Universidade Estadual de Goiás (UEG). O trabalho dos pesquisadores contou com o apoio do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração. A expedição percorreu o corredor hídrico do córrego Ferro-Carvão, completamente obliterado pelos rejeitos da mineradora, e o rio Paraopeba, entre a foz do Ferro-Carvão e a porção à jusante da barragem de Retiro Baixo, em Felixlândia, onde anunciava-se que o rejeito seria finalmente detido.
A Expedição iniciou-se no dia 04 de fevereiro de 2019 no município de Felixlândia e terminou no dia 06 de fevereiro de 2019 em Brumadinho. Os três dias de campo permitiram percorrer diversos pontos do rio Paraopeba e entrevistar diferentes sujeitos, tecer observações diretas, anotar percepções em diários de campo e realizar registros audiovisuais. Percebeu-se as distintas territorialidades do desastre no vale do rio Paraopeba, escalas de ações da empresa e de órgãos do Estado junto aos territórios, acesso à informação e nível de conhecimento sobre os efeitos da lama de rejeitos na qualidade da água, prejuízos socioeconômicos, insegurança, medo e incerteza quanto ao futuro comum em espaços de existência coletiva como comunidades, bairros, condomínios, propriedades rurais e assentamento de reforma agrária nas margens do rio.”
Faça o download do documento completo em: MINAS DE LAMA – Relatorio De Campo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]