Encontro no campus de Florestal da Universidade Federal de Viçosa reuniu mais de 30 jovens, que redigiram carta aberta à sociedade
No dia 20 de maio, a juventude atingida pelo desastre-crime da mineradora Vale na bacia do Paraopeba, das comunidades de abrangência do escritório de Pará de Minas da ATI Paraopeba Nacab, participou de um grande encontro, que aconteceu no Campus da UFV, em Florestal. A atividade foi dividida em dois momentos e teve como objetivo a aproximação entre jovens atingidos de diferentes localidades da Região 3 da Bacia do Paraopeba.
Na parte da manhã, houve uma acolhida de boas-vindas feita por professores, diretores e alunos e, logo após, os jovens foram convidados para um passeio pelo campus no ônibus de circulação interna da universidade.
A jovem atingida da comunidade de Retiro dos Moreira (Fortuna de Minas), Leandra Gabriela, ressaltou a importância de o encontro acontecer no espaço: “é muito bom ser na universidade, porque se fosse em qualquer outro lugar o assunto educação não seria tão pautado. Aqui, a gente se encanta com o local e isso incentiva a pessoa a estudar, ter uma formação, um diploma, um conhecimento”.
Na parte da tarde, houve conversas sobre reparação e importância da organização da juventude para reivindicar seus direitos dentro do processo.
“É muito importante que a juventude esteja sempre andando junto com os adultos. Brigando por justiça. Correndo atrás, mas, principalmente, que os adultos nos escutem. Que nós tenhamos voz para poder, também, lutar por nossos direitos. Pois o jovem de hoje é o adulto de amanhã”, complementou Leandra.
Ao final do encontro, os jovens se dividiram em grupos e participaram de uma oficina de construção de texto do coletivo, para a elaboração de uma carta aberta à sociedade, com as reivindicações da juventude ali presente, representando um total de 12 comunidades, de 6 municípios.
Texto e fotos: Karina Marçal
Vídeo: Dani Drumond
Edição: Raul Gondim
