O Comitê de Compromitentes do Acordo Judicial de Reparação – Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Defensoria Pública de Minas Gerais e Governo de Minas Gerais -, comunicou nessa segunda-feira (28/05) que será contratada uma nova entidade para a execução das próximas fases dos Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico (ERSHRE).
Segundo ele, a contratação da nova entidade terá como objetivo antecipar a conclusão dos estudos já iniciados. Serão realizadas por ela, as fases: II – Realização de coletas de amostras de água, de solo, de poeira, de sedimentos, de alimentos de origem animal e vegetal; III – Realização de cálculo do risco à saúde, a partir dos resultados das amostras e com base nas respostas dos questionários; e IV – Plano de comunicação com as comunidades atingidas. De acordo com o comunicado, não haverá mudanças nas metodologias anteriormente previstas para os estudos.
O documento afirma ainda que os estudos não serão interrompidos. O Grupo EPA – empresa atualmente contratada – irá continuar os trabalhos para o término da fase I e devolutivas, inclusive em relação aos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs). Esta fase perpassa reuniões, online e presenciais, além da aplicação de questionários. Segundo os Compromitentes os trabalhos já realizados nessa fase serão concluídos atendendo a todos os preceitos metodológicos necessários.
A previsão empresa é que a nova empresa, ainda não contratada, iniciará suas atividades em janeiro de 2025.
O documento traz ainda uma série de perguntas e respostas para tirar dúvidas das pessoas atingidas.
A opção pela contratação de uma nova empresa executora para as fases subsequentes dos Estudos teve o objetivo de aprimorar a celeridade das entregas necessárias para a conclusão dos estudos. A proposta de alteração foi realizada após uma revisão abrangente do progresso dos estudos e das necessidades futuras. Para isso, haverá uma segmentação da execução, onde o Grupo EPA permanecerá focado no término da Fase I e devolutivas, tendo em vista a avaliação positiva sobre as reuniões realizada pela maioria das comunidades ouvidas.
A nova instituição responsável pela execução das Fases II, III e IV está em processo de contratação. Serão priorizados critérios específicos como capacidade técnica e experiência na área – conforme diretrizes estabelecidas pelos órgãos técnicos competentes e validadas pelos Compromitentes.
Não. Enquanto ocorre o processo de contratação da nova instituição executora, o Grupo EPA ficará responsável pela finalização de documentos e demais trabalhos relacionados à Fase I, incluindo a conclusão das reuniões de devolutiva para as comunidades escutadas pelas reuniões de levantamento de preocupação, finalização de relatórios, entre outros pontos.
Serão empenhados todos os esforços por parte do poder público para garantir que a contratação da nova empresa executora não gere prejuízos à execução dos Estudos, sobretudo ao seu cronograma. Uma das premissas para a contratação da nova instituição é que os Estudos sejam concluídos com a maior brevidade possível e com o devido rigor técnico. A nova empresa deverá atualizar o cronograma de execução dos Estudos, zelando sempre pela antecipação das entregas, quando possível, o qual será disponibilizado assim que estiver aprovado pelos órgãos técnicos competentes.
Não. A metodologia para realização dos Estudos no âmbito da Saúde Pública segue as diretrizes de Elaboração de Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana por Exposição à Contaminantes Químicos (Ministério da Saúde, 2010). Já no âmbito do Meio Ambiente, a metodologia definida segue as diretrizes previstas no Risk Assessment Guidelines for Superfund (RAGS) e Human Health Evaluation Manual (US.EPA, 1989a), conforme Projeto Detalhado aprovado pelos órgãos competentes.
Todos os dados coletados, documentos e relatórios produzidos pelo Grupo EPA foram avaliados e aprovados tecnicamente pelos órgãos técnicos da Administração Pública Estadual e pela auditoria independente, e, portanto, serão utilizados na continuidade dos Estudos. O processo de transição entre o Grupo EPA e a nova executora priorizará a transferência de conhecimento, a fim de se evitar retrabalhos e perda de informações.
Não. Todos os documentos e materiais produzidos até o momento, que já tenham sido aprovados pelos órgãos competentes, permanecem válidos, devendo ser utilizados pela nova instituição executora.
A população atingida continuará desempenhando um papel fundamental de participação e acompanhamento dos Estudos. Serão mantidos canais os abertos de comunicação para garantir que suas preocupações sejam ouvidas e consideradas durante todo o processo.
Os canais de comunicação dos compromitentes do Acordo continuam disponíveis para as eventuais necessidades da população. Os contatos podem ser acessados por meio do portal eletrônico: https://www.mg.gov.br/pro-brumadinho/pagina/fale-com-o-comite
Ficam mantidas as atuações disciplinadas aos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, para acompanhamento e governança dos Estudos de Avaliação de risco à Saúde Humana e Avaliação de Risco Ecológico decorrentes do rompimento das Barragens B-I, B-IV e B-IVA, da Mina do Córrego Feijão, em Brumadinho, previstas na Resolução Conjunta SEPLAG/SES/SEMAD/FEAM nº 01, de 22 de setembro de 2021.
A Governança dos Estudos não se altera neste processo, e os órgãos de Estado mantêm seu papel fiscalizador com o apoio da auditoria independente. Foi acordado entre os Compromitentes e a Vale S.A. um plano de transição de forma a garantir os requisitos mínimos a serem mantidos para o desenvolvimento dos Estudos.
Assim como ocorre com o Grupo EPA, a nova equipe executora dos ERSHRE deverá manter a independência da equipe técnica interdisciplinar quanto à realização, governança e resultados, competindo à Vale S.A. a contratação e o custeio dos Estudos, nos termos do Acordo Judicial.
No Plano de Transição, estão previstas enquanto atuações do Grupo EPA, atual Equipe Executora, a conclusão dos relatórios de Fase I dos ERSHRE e a disponibilização de todos os dados brutos e transferência das informações já obtidas à nova Equipe Executora.
Estão previstas, enquanto melhorias de processo a partir da reorganização da execução dos Estudos, a condução dos projetos de Avaliação de Risco à Saúde Humana (meio ambiente e saúde pública) e de Avaliação de Risco Ecológica por coordenações distintas, com uma melhor divisão do trabalho e foco nas atividades, contemplando profissionais com diferentes expertises técnicas para a condução e o desenvolvimento dos estudos.
A previsão é dezembro de 2025, podendo ser revisto e reduzido.
Não, todas as informações levantadas pelo Grupo EPA serão transferidas para a nova Equipe de Execução.
As etapas serão mantidas. O projeto dos Estudos (já aprovado e em curso), bem como a metodologia já prevista, não serão alterados.
Previsão de início para janeiro de 2025.
A VALE é o poluidor-pagador e tem a obrigação de custear os estudos, de acordo com a determinação e aprovação dos órgãos de Estado.
Sim, nenhum papel dos atores envolvidos se altera com a nova contratação.
O cronograma está em reavaliação, contudo, espera-se que o prazo final seja reduzido.
Órgãos de Estado e auditoria independente.
Não há previsão de alteração para a participação e envolvimento das comunidades atingidas nos Estudos.
Os canais previstos permanecem como parte do escopo dos Estudos.
Sim, todas as informações levantadas pela equipe de execução serão transferidas para a nova contratada.
Sim, pois somente 18% das coletas foram realizadas até o momento.
O cronograma está em reavaliação, pois ainda falta um grande volume de coletas a serem realizadas.
O cronograma está em reavaliação.
A contratação de uma nova equipe objetiva, justamente, acelerar o cronograma, entre outros ganhos técnicos já mencionados.
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