NACAB - Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens

O que uma foto conta?

[vc_row row_height_percent=”0″ overlay_alpha=”50″ gutter_size=”3″ column_width_percent=”75″ shift_y=”0″ z_index=”0″][vc_column][vc_column_text]O que uma foto conta?

A ideia da 1ª Oficina de Memória Fotográfica surgiu das sugestões de pessoas das comunidades da Cabeceira do Turco, Beco, Sapo e Turco, assessoradas pela Assessoria Técnica Independente 39. A proposta de uma oficina buscando relembrar a história comunitária tendo como base o compartilhamento de fotos apareceu pela primeira vez durante a 1ª Oficina de Delimitação Participativa das comunidades e foi reforçada durante a Oficina de Cartografia Social, realizada pela Troca Gestão Social.

A partir da demanda construiu-se a concepção de uma ação onde a memória do espaço fosse compartilhada e celebrada a partir de todos os anos conservados em frágeis impressões. Assim, a Comissão de Atingidos e os técnicos da ATI 39 reuniram-se no dia 08 de outubro de 2019 para relembrar e registrar as fotos e histórias da comunidade do Turco. Foi construído um Painel Fotográfico das comunidades e uma “Linha do Tempo” para   refletir esta rica história de resiliência e resistência. 

A partir dos registros fotográficos foram discutidos assuntos como a conservação e a importância da memória na construção do espaço. A compreensão da passagem do tempo que se dá a partir da contraposição entre o “antes” e o “depois”, e como essa efemeridade dos momentos afetam a história das pessoas e da comunidade. 

Foram relembrados fatos sobre os quais há muito não se falava, nomes, lugares, festas, uso da terra e água que não voltam mais. A caminhada ao futuro é certa e o tempo não volta atrás. Atividades como esta levam à reflexão sobre a responsabilidade dos moradores do momento presente de lutar para garantir a continuidade dessa história, e que seja possível celebrar o espaço e cultura dessas comunidades com a mesma leveza e proximidade nos anos que estão por vir. 

Em um momento de fragilidade das estruturas, a resistência e mobilização são as únicas ferramentas contra esta ganância que busca destituir-nos de tudo o que é mais valioso, as coisas que dinheiro nenhum consegue comprar. Nas palavras do bispo Desmond Tutu, quem permanece neutro em situações de injustiça está escolhendo o lado do opressor.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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