O Projeto Brumadinho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), inicia neste sábado, 09/01, uma nova pesquisa para avaliar os impactos decorrentes do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão na bacia do rio Paraopeba. As pesquisas têm por objetivo auxiliar e prover informações técnicas para o Juízo da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte.
Um dos estudos previstos é a análise toxicológica de animais silvestres, que se inicia agora na fase de coleta de amostras. Nessa primeira etapa, serão realizadas capturas de exemplares vivos da fauna em áreas de mata ao longo do córrego Ferro-Carvão e da bacia do rio Paraopeba e a coleta, sem prejuízo à vida dos animais, de amostras biológicas como pêlos, penas, fezes, urina e sangue.
Esses estudos são fundamentais para identificação e avaliação dos impactos decorrentes de contaminações que possibilitarão a elaboração de planos de ações de recuperação e reconstrução de ambientes.
As coletas serão realizadas em campanhas mensais durante seis meses, sendo a primeira delas de 9 a 16 de janeiro. A cada mês, serão coletadas amostras dos seguintes grupos de animais: anfíbios, répteis, aves, mamíferos (não voadores) e quirópteros (morcegos).
Confira no mapa abaixo os 5 pontos na bacia do rio do Paraopeba, localizados nos municípios de Brumadinho, Esmeraldas, Paraopeba e Pompéu, onde serão realizadas as coletas:
Já o mapa abaixo mostra em detalhes as áreas de coleta na Região 3:
O que são animais silvestres?
São aqueles animais que vivem nas matas, sem a interferência da criação humana. Podemos citar como exemplo os passarinhos, papagaios, corujas, cobras, jabutis, sapos, peixes, macacos, tamanduás, onças e tantos outros que vivem na natureza ou foram retirados da natureza a poucas gerações.