NACAB - Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens

Oficina Comunicação Não-Violenta

Na última quinta-feira, 21/10, aconteceu de forma digital a 1ª oficina de capacitação da ATI 39/Nacab com as 11 comunidades assessoradas, com o tema “Comunicação Não-Violenta” ministrada pelo Wander Torres, membro do Comitê Gestor Executivo da ATI. 

O intuito, como dito no próprio convite para a oficina, foi capacitar as comunidades para dialogar da melhor forma em situações que os interesses são conflitantes, na busca pela resolução de conflitos, permitindo que os atingidos “possam dialogar sem medo e sem perder sua paz”, como afirmou Wander, apresentando suas demandas de forma clara e eficaz.  

A oficina começou às 18h30, pela plataforma Zoom, e se estendeu até as 20h30 com mais de 30 participantes fixos e 37 em seu pico de audiência. Para que capacitação fosse mais abrangente, a equipe de mobilização preparou locais com acesso à transmissão, nas comunidades. Os pontos de apoio foram o escritório da ATI 39/ Nacab, no Sapo, e na escola Estadual José Daniel Utsch, em Itapanhoacanga. 

Durante a transmissão, Wander ressaltou, em diversos momentos, que a comunicação não-violenta não é ser “passivo” e, sim, assertivo nas ponderações e comentários. A comunicação não-violenta busca o diálogo real e a compreensão quanto às opiniões divergentes, se concentra não apenas no conteúdo da mensagem, mas também no modo como ela é transmitida. A violência não acontece apenas pelo grito ou xingamento, ela pode se manifestar através de um tom jocoso, irônico ou desrespeitando a fala do outro, por exemplo.  

No decorrer da capacitação o palestrante abriu espaço para debate com os ouvintes. Além dos atingidos e atingidas, a equipe da ATI 39/Nacab também foi convidada a participar e muitos relataram experiências em que a comunicação não-violenta poderia ter sido usada de forma a melhorar o diálogo e seus resultados. 

Wander Torres comentou: “eu destacaria o número de atingidos e atingidas que participaram da oficina de comunicação não-violenta. Sinal de que esta temática interessa e pode ser um grande apoio nas nossas conversas, diálogos e sobretudo nas atividades relacionadas a assessoria técnica independente”.

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